Kick off Campanhas Educativas e de Projetos Sociais pela Equidade Racial
São Paulo, 03 de junho de 2024
Demos as boas-vindas e celebramos os contemplados do Edital Campanhas Educativas e de Projetos Sociais pela Equidade Racial.
300 projetos se inscreveram e após uma avaliação criteriosa por parte de uma banca externa de especialistas, formada por acadêmicos e pesquisadores no campo do combate ao racismo, identidade cultural negra e ativistas do movimento negro, como Alan Alves Brito (RS); Caroline Rocha (RJ) e Marina Duarte (BA), foram selecionados 11 projetos que receberam investimento de até R$2,5 milhões.
As organizações selecionadas atuam na preservação da memória, identidade e pensamento, contribuindo na transformação da sociedade, garantia e defesa dos direitos e proteção comunitária, fortalecimento e mobilização para a promoção da equidade.
Conheça mais um pouco das organizações selecionadas e os projetos realizados
1) COMSAÚDE – Comunidade de Saúde, Desenvolvimento e Educação
Contemplada no Edital para desenvolver projetos sociais de combate ao racismo, está implementando o projeto “GRUPOCONTO – Grupo de Consciência Negra do Tocantins”. O objetivo do projeto é promover ações antirracistas voltadas para a promoção da equidade racial. Entre as principais iniciativas, está a ampliação das oficinas e rodas de conversa, que serão realizadas em escolas, prefeituras e centros comunitários. Esses eventos têm como objetivo sensibilizar e educar a população sobre questões raciais, promovendo um ambiente de diálogo e conscientização.
Além disso, a entidade se dedicará à formação de professores, oferecendo-lhes ferramentas e conhecimentos necessários para abordar temas relacionados aos quilombolas em sala de aula de maneira eficaz e sensível. Complementando essas atividades, haverá encontros com órgãos governamentais, onde serão discutidas políticas e estratégias para melhorar a qualidade de vida das comunidades quilombolas, assegurando que suas necessidades e direitos sejam atendidos. Essas ações visam fortalecer a inclusão e a valorização das culturas afro-brasileiras, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária. O público alvo abrange a população dos municípios de Palmas, Tocantinia, Miracema, Miranorte, Porto Nacional, Dianópolis e Chapada da Natividade.
2) Associação Mulheres Quilombolas em Ação Dandara dos Palmares
Contemplada pelo Edital para desenvolver projetos sociais de combate ao racismo, dedicará seus esforços ao fortalecimento da rede de organizações comunitárias antirracistas, por meio do projeto “Sankofa – Retornar ao passado, ressignificar o presente e construir o futuro”. Originada de um coletivo de mulheres chamado Mulheres Quilombolas em Ação (MQA), a associação tem um histórico de atuação em eventos que visam fortalecer as comunidades quilombolas.
Com o recurso recebido, a associação garantirá a continuidade de seu projeto escolar de educação antirracista, que será realizado no contraturno escolar. Este projeto tem como objetivo proporcionar um ambiente educativo que promova a compreensão e o combate ao racismo, oferecendo às crianças e jovens uma formação mais inclusiva e consciente das questões raciais. O público alvo é a comunidade quilombola de aproximadamente 300 pessoas, localizada no Morro do Chapéu, na Bahia.
3) Associação Comunitária de Desenvolvimento do Candeal II
Contemplada pelo Edital para desenvolver Campanhas Educativas de Combate ao Racismo, irá implementar diversas ações voltadas ao engajamento para o letramento racial a partir da literatura. Dirigida por um grupo de mulheres negras focadas no desenvolvimento comunitário, a associação busca promover a consciência racial e a inclusão social por meio da educação e da cultura.
Uma das principais iniciativas é a criação da Biblioteca Cultivando Sonhos. As primeiras atividades dessa biblioteca foram financiadas pelo Fundo Baobá, permitindo a aquisição de novos livros e equipamentos essenciais para seu funcionamento. Além de enriquecer o acervo, há um plano robusto de engajamento comunitário que inclui a distribuição de kits de livros em escolas locais.
O público-alvo dessas ações são as comunidades quilombolas e os alunos do ensino fundamental das escolas circunvizinhas, garantindo que crianças e jovens tenham acesso a materiais que promovam o letramento racial e a valorização da cultura afro-brasileira. Com essas iniciativas, a associação espera cultivar sonhos e construir um futuro mais justo e igualitário para todos.
4) Associação São Jorge Filho da Goméia
Contemplada pelo Edital para desenvolver Campanhas Educativas de Combate ao Racismo, irá realizar a 6ª Caminhada Tembwa Ngeemba Tempo de Paz, uma ação focada na promoção da diversidade religiosa e no combate ao racismo ambiental. Esta iniciativa busca unir diversas comunidades religiosas nas ruas de Portão, reivindicando respeito pela diversidade religiosa e incentivando o cuidado coletivo pelo meio ambiente.
A associação, que já é reconhecida por desenvolver ações educativas e formativas voltadas para o trabalho, sempre com uma referência afrocentrada, espera impactar cerca de 2.000 pessoas. O público-alvo inclui povos e comunidades tradicionais, praticantes e lideranças de terreiros de matriz-africana, além de educadores, estudantes, representantes do poder público, organizações da sociedade civil e a comunidade em geral.
Com essa caminhada, a Associação São Jorge Filho da Goméia pretende não apenas celebrar a diversidade religiosa, mas também educar e mobilizar a comunidade sobre a importância de combater o racismo em todas as suas formas, promovendo um ambiente de paz e respeito mútuo.
5) Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Cruzeiro
Contemplada pelo Edital para desenvolver projetos sociais de combate ao racismo, está empenhada na criação da Biblioteca Quilombola Catarina Gregória dos Santos. Fundada em 2001, a associação tem um histórico de organização e mobilização comunitária, atuando na defesa do território e na luta pela titulação do quilombo.
A Biblioteca Quilombola será um espaço dedicado à democratização do conhecimento, promovendo a partilha de experiências e a valorização da identidade negra. Este projeto visa contribuir para a formação das crianças e jovens da comunidade por meio da leitura, fortalecendo seu senso de identidade e pertencimento.
O público-alvo desse projeto são 130 famílias das comunidades de Cruzeiro e Triângulo. A biblioteca não apenas enriquecerá o acervo cultural dessas comunidades, mas também atuará como um ponto de encontro e fortalecimento identitário, essencial para a preservação e valorização da cultura quilombola.
6) Associação Fórum Suape Espaço Socioambiental
Contemplada pelo Edital para desenvolver projetos sociais de combate ao racismo, irá implementar o projeto “Mulheres das Terras e das Águas”. Focado na equidade de gênero e raça, o projeto visa fortalecer a rede de defesa dos interesses das mulheres das comunidades do litoral sul de Pernambuco, especialmente frente aos impactos socioambientais causados pelo complexo industrial da região.
A associação, criada para defender essas comunidades, atuará no fortalecimento de organizações e coletivos de mulheres. O objetivo é capacitar essas mulheres para influenciar políticas públicas que defendam seus modos de vida e promovam a conservação ambiental, além de reconhecer e valorizar seu trabalho.
O projeto impactará diretamente 60 mulheres marisqueiras, extrativistas e quilombolas, além de suas famílias e a comunidade em geral, totalizando cerca de 9 mil pessoas nas cidades de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho. Essas ações buscam promover a equidade e melhorar as condições de vida das mulheres, suas famílias e suas comunidades.
7) Associação Cultural MT Queer
Contemplada pelo Edital para desenvolver projetos sociais de combate ao racismo, implementará o projeto “Mudando Cores: Fortalecendo Identidades, Combatendo o Racismo”. Este projeto tem como foco a conscientização e o empoderamento de pessoas negras LGBTQIAPN+ no estado de Mato Grosso, abordando diretamente as interseções entre racismo e LGBTfobia.
A organização, que já promove a inclusão e a visibilidade da comunidade LGBTQ+ na região, oferece apoio jurídico e psicológico a seus membros. Com o projeto “Mudando Cores”, a associação buscará enfrentar de maneira ativa e direta as discriminações sofridas por essas comunidades, promovendo atividades de conscientização, educação e empoderamento.
O público-alvo desse projeto inclui pessoas negras LGBTQIAPN+ de todas as idades, além de aliados e apoiadores das causas, residentes em Cuiabá, Mato Grosso. Através dessas ações, a Associação Cultural MT Queer pretende fortalecer identidades e combater a discriminação, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva.
8) Ilú Obá de Min – Educação, Cultura e Arte Negra
Contemplada pelo Edital para desenvolver projetos sociais de combate ao racismo, irá realizar o projeto “Cortejos de Carnaval”. Este projeto visa fortalecer a identidade negra e combater o racismo através de um carnaval de conscientização antirracista.
Há 18 anos, o Ilú Obá de Min abre o carnaval de rua de São Paulo com um cortejo exclusivo de 400 mulheres, destacando a força e a presença da mulher negra. As ações do projeto incluirão seis meses de oficinas de rua e ensaios preparatórios para os cortejos de carnaval de 2025, promovendo atividades estruturantes e antirracistas.
O público-alvo do projeto inclui as 400 mulheres participantes do cortejo e, indiretamente, as 75 mil pessoas que assistem e participam do carnaval em São Paulo. Com essas iniciativas, o Ilú Obá de Min busca não apenas celebrar o carnaval, mas também usar essa plataforma para conscientizar e educar a sociedade sobre a importância da luta contra o racismo e a valorização da cultura negra.
9) Grupo Conexão G de Cidadania LGBTI+ de Favela
Contemplado pelo Edital para desenvolver projetos sociais de combate ao racismo, implementará o Projeto Marjorie Marchi, que inclui o Programa Escola de Formação Crítica. Este projeto visa conscientizar e empoderar pessoas negras LGBTQIP+, especialmente trans e travestis, que vivem nas favelas e periferias.
Há 18 anos, o Grupo Conexão G atua na promoção dos direitos humanos da população LGBTQI+ nos territórios de favela e periferias do Rio de Janeiro. O projeto Marjorie Marchi se concentrará em capacitar e mobilizar essa população, fornecendo as ferramentas e os conhecimentos necessários para enfrentar os desafios do racismo, da discriminação e das violências cotidianas.
O público-alvo do projeto abrange pessoas negras LGBTQ+ nos estados do Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Através dessas ações, o Grupo Conexão G busca fortalecer a resiliência e a resistência dessas comunidades, promovendo uma sociedade mais justa e inclusiva.
10) Associação Quilombola Vila Santa Efigênia e Adjacências
Contemplada pelo Edital para desenvolver campanhas educativas de combate ao racismo, irá implementar o projeto “Memórias, Saberes e Direitos Quilombola: A Resistência de um Povo”. Este projeto tem como objetivo preservar a memória das comunidades quilombolas, afirmando seu direito de existir e resistir.
A associação, dedicada à defesa dos direitos das comunidades quilombolas, atua em um contexto particularmente desafiador. As comunidades atendidas foram gravemente afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, e desde então lutam pelo acesso a direitos fundamentais, bem como pela preservação de sua cultura, saberes e memórias, continuamente ameaçados por essa tragédia.
O público-alvo do projeto inclui as famílias quilombolas de Mariana, em Minas Gerais. Através das ações propostas, a Associação Quilombola Vila Santa Efigênia e Adjacências busca fortalecer a identidade e a resistência dessas comunidades, garantindo que suas histórias e conhecimentos sejam valorizados e transmitidos às futuras gerações.
11) Associação Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo
Contemplada no edital para desenvolver campanhas educativas de combate ao racismo, está promovendo o projeto “Na Trilha das Andarilhas – 3ª Edição: Encruzilhadas e Giras de Aprendizagens”. O projeto tem como objetivo preservar a memória pelo direito de existir, sendo realizado em espaços culturais na região do Cristal e Morro Santa Teresa, em Porto Alegre. O NuTA – Núcleo de Teatro de Animação da Associação desenvolveu um projeto artístico híbrido de Teatro de Bonecos integrado a outras linguagens, com foco no combate ao racismo, envolvendo 48 pessoas na produção. O público alvo/impactado é de 300 pessoas em Porto Alegre, RS.
Sobre o Grupo Carrefour Brasil
Há 48 anos no país, o Grupo Carrefour Brasil é líder do varejo alimentar e tem sua estratégia focada em três pilares: combate à fome e desigualdades (por meio da inclusão social, doação de alimentos e geração de trabalho e renda), diversidade e inclusão (construção diária de um ambiente de valorização da diversidade e promoção da inclusão, eliminando barreiras para o desenvolvimento de todos os colaboradores e atuando continuamente no combate a todos os tipos de discriminação) e proteção ao planeta & biodiversidade (comprometimento com a agenda climática e com o combate ao desmatamento). A companhia conta com um ecossistema completo que reúne operações de Varejo: Carrefour (hipermercado), Carrefour Bairro, Carrefour Market (supermercado), Carrefour Express (proximidade), Carrefour.com (e-commerce), , BomPreço e Nacional (supermercado e e-commerce), além de Postos e Drogarias; Atacadão (atacado, atacado de autosserviço e e-commerce); Sam’s Club (clube de compras e e-commerce), além do Banco Carrefour e de sua divisão imobiliária, o Carrefour Property. Presente em todos os Estados e Distrito Federal, sua operação abrange mais de mil pontos de vendas. A empresa é a segunda maior operação dentre os países nos quais o Grupo Carrefour opera e uma das 20 maiores empresas listadas na bolsa brasileira (B3). Clique aqui e conheça mais sobre o Grupo.
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